segunda-feira, 27 de junho de 2011

Nossa Senhora da Revelação


No dia 12 de Abril de 1947, um sábado depois da Páscoa, o condutor de bonde Bruno Cornacchiola, de 34 anos, protestante, sentado tranqüilamente à sombra de um eucalipto toma notas para uma conferência que fará no dia seguinte contra Nossa Senhora. Bruno nasceu em um dos bairros mais pobres e de pior fama da capital da Itália. Durante sua permanência na Espanha onde estivera como voluntário para lutar na Guerra civil (1936-1939), convencido pela propaganda de um militar alemão protestante, ingressa na igreja advent

ista e se converte em inimigo feroz da Igreja Católica, da Virgem e do Papa. Seus três filhos Gianfranco, Carlo e Isola, brincam no bosque enquanto ele busca na Bíblia protestante provas que confirmem a parte de sua palestra onde pensa rebater os dogmas marianos. As crianças perdem a bola e não conseguem encontrá-la. Pedem ajuda ao pai. Bruno interrompe suas anotações e vai ajudar os filhos. O caderno de anotações fica no chão. Já não precisará dele, posto que não fará a conferência. São 15:30 h. A bola tinha ido parar dentro de uma gruta e os meninos ali se adentram. Nossa Senhora aparece às três crianças e depois, precedida de um intenso perfume de flores, aparece ao homem que até aquele momento havia atacado a devoção à Mãe do Redentor. A Virgem, com um longo e belo vestido branco, trazia uma faixa cor-de-rosa na cintura. Sobre os cabelos negros havia um manto verde que lhe caia aos pés descalços. A Santa Mãe de Deus dirige a seu perseguidor estas palavras: "Sou aquela que está na Trindade Divina. Sou a Virgem da Revelação. Tu me persegues. Mas agora, basta! Entra para o santo redil, a corte celeste na terra. Obedece à autoridade do Papa". A Virgem, cujas mãos seguram ao peito um livro encapado de cor cinza (a Bíblia). Entre outras coisas, fala-lhe sobre sua Assunção. Indica ao vidente como poderá reconhecer dois sacerdotes que o ajudarão a reconciliar-se com Deus e com o Papa, a quem tinha intenções de assassinar com um punhal. A Virgem toca o co

ração de Bruno e este se converte, transformando-se em seu fiel servidor, em valioso instrumentos de evangelização. A Virgem também prometeu: "Nesta terra de pecado realizarei grandes milagres para a conversão dos incrédulos". Como a água da piscina de Lourdes, a terra da Gruta de "Tre Fontane", santificada pela presença de Maria, realizará prodígios.

sexta-feira, 24 de junho de 2011


Em virtude do 45º dia Mundial da Comunicação (5 de junho de 2011), o Santo Padre Bento XVI lançou uma carta, como de costume, tendo como objetivo orientar os cristãos católicos, em especial, a geração on-line, os jovens, a se conscientizarem do uso desse meio de comunicação de massa que muito tem contribuído para o progresso da cultura como também tem criado certos indiferentismos quanto ao seu mau uso. A carta se intitula: 'Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital'. Pelo título, já podemos perceber a abertura da Igreja para os novos desafios do século e a preocupação em não trocar o contato pessoal com as pessoas por máquinas, artificializando as relações, maquiando as interações. O Papa reconhece que a internet possibilitou uma grande revolução e transformações em nossa cultura, mudando a forma de comunicar, o que é uma grande oportunidade para os cristãos propagarem o Evangelho da salvação, mas sempre respeitando as diversas culturas e deixando claro que existe um estilo cristão de estar presente no mundo digital: favorecer uma comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro. Não se trata de fazer uma propaganda enganosa ou romântica do ser cristão, mas testemunhar com coerência nosso perfil digital, mesmo quando não se fala dele explicitamente. A preocupação da Igreja não é fazer com que o Evangelho seja aceito, mas dá-lo a conhecer na sua integridade, até que este conteúdo se torne alimento cotidiano e não atração de um momento, como acontece muito em nossos dias com aquilo que a mídia nos apresenta, ou talvez da forma que apresenta. Diferentemente do que se costuma propagar nos meios de comunicação, o Evangelho não é objeto de consumo, nem de fruição artificial, mas antes dom que requer uma resposta livre, aquele mesmo Evangelho que requer presença, contato com o rosto de nossos irmãos, já que com a web podemos quebrar as fronteiras da distância e fazer do outro o meu próximo. Nada substitui as relações humanas diretas na transmissão da fé. O Santo Padre pede que os cristãos se unam nisso com criatividade consciente e responsável, e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque a web tornou-se parte integrante da vida humana. Comparando esse contexto com o relato dos Discípulos de Emaús(cf. Lc 24,13-35), percebemos que a mensagem que vem de cima requer forma discreta e respeitosa, e com a nossa presença, os corações sejam estimulados e movidos por nosso companheirismo e diálogo.

“Convido sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua presença no areópago digital”.

Que bom poder saber que os santos de nossos dias estão hoje conectados! On-line para o diálogo, Ocupados para o indiferentismo, Ausentes para o pecado e Invisíveis para as coisas artificiais que nos cegam de nossa realidade. Não esqueçamos também do que nos disse o Beato João Paulo II quando se dirigia aos jovens também numa de suas cartas: “Precisamos de santos internautas!”...

Ir. Narcélio Lima, NJ